O Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, anunciou na sexta-feira, 25 de fevereiro, que estava deixando o seu posto em Brasília. Ele, que assumiu em 2019 vindo da Argentina, escreveu em sua conta no Twitter: ”Caros amigos, minha missão como Embaixador da China no Brasil está chegando ao fim. Os três anos que passei neste nobre país foram uma experiência valiosa na minha carreira diplomática, uma oportunidade pela qual me sinto profundamente honrado e orgulhoso.
A Embaixada da China no Brasil ainda não fez qualquer comentário sobre quem será o novo nome a assumir o posto no Brasil. É um ano com eventos importantes para a relação sino-brasileira: está prevista uma reunião da COSBAN, mecanismo sino-brasileiro liderado pelos vice-presidentes dos dois países, a China preside os BRICS, que reúne também Índia, Rússia e África do Sul, além de recentemente a corrente de comércio Brasil-China ter atingido a marca histórica de US$ 135 bilhões. Só no comércio bilateral o Brasil garantiu outro recorde com um superávit ante a China de US$ 40 bilhões. São feitos importantes.
Yang sempre chamou a atenção pelo português excelente, pela presença em uma rede social (o Twitter) e por uma condução pragmática da diplomacia, unindo pontas entre brasileiros e chineses nos âmbitos de governo e privado.
O embaixador também escreveu: “Nos últimos três anos, graças ao esforço conjunto de todos os setores das sociedades, as relações🇨🇳🇧🇷vêm amadurecendo e consolidando-se. Temos uma cooperação frutífera em vários campos, intercâmbio social mais intenso e uma concertação mais estreita em assuntos multilaterais.”
O diplomata tem razão, e a China hoje é muito mais comentada e de certa forma conhecida pelos brasileiros do que há três anos. Mas fato é que também durante seu posto o embaixador enfrentou contratempos no Brasil. Temas que ficaram para trás. Como ele pontua na mensagem de despedida, ”A cooperação entre duas potências emergentes como a China e o Brasil proporciona um sólido apoio ao desenvolvimento nacional e assume uma relevância global cada vez maior.”
Agora é esperar o novo nome a assumir a Embaixada em Brasília. Yang não divulgou o próximo posto, mas é provável que retorne a Beijing.