Yang Wanming é novo embaixador da China no Brasil

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A China tem um novo embaixador, Yang Wanming, que assumiu o posto na última semana de dezembro, depois de servir como embaixador em Buenos Aires, entre setembro de 2014 e 2018. Ele acompanhou a Cúpula do G20 que se realizou nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro do ano passado na capital portenha.

Afeito às redes sociais, Yang mantém uma conta no Twitter, por meio da qual felicitou os brasileiros pelo novo ano, em português, língua que adotou na rede social desde que entregou as cartas credenciais ao secretário-geral do Itamaraty, Marcos Galvão. Nos posts, o embaixador também deixou claro que já trabalha com o novo governo, tendo mantido encontros com o vice-presidente, Hamilton Mourão (na foto com o embaixador, em imagem compartilhada no microblog de Yang), e o chanceler Ernesto Araújo.

Sobre Araújo, o embaixador chinês escreveu: “Encontro com o futuro chanceler do Brasil, embaixador @ernestofaraujo.Boa conversa! Vamos trabalhar juntos para elevar as relações dos dois países para um novo patamar”, num post datado de 27 de dezembro do ano passado, antes da posse do ministro.

Yang é fluente em espanhol, língua em que também se comunicava via microblog com a comunidade da Argentina. O diplomata substitui o embaixador Li Jinzhang (foto abaixo), que estava no Brasil desde 2012.

Relação Sino Brasileira

2019 inaugura um novo momento das relações sino-brasileiras, em que o Brasil muda o governo. Com um discurso entendido por analistas como pró-Estados Unidos – quando Beijing e Washington travam batalhas e diálogos num contencioso comercial que já se arrasta há vários meses -, o governo brasileiro pode gerar atritos com os chineses.

Até agora, todos os ritos da diplomacia indicam que não há risco na relação bilateral, que passa também por comércio e investimento. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, e a balança é superavitária para os brasileiros, ainda que dependente de commodities. A diversidade das trocas sino-brasileiras remetem também aos investimentos chineses no país, soma que chega a pelo US$ 55 bilhões nos últimos 10 anos, segundo dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Para além disso, 2019 é o ano em que o Brasil assume a presidência do BRICS, bloco que reúne também Rússia, Índia e África do Sul, recebendo a cúpula presidencial, programada para outubro deste ano. No seguinte, o país chegará à presidência rotativa do Novo Banco de Desenvolvimento, ou NDB, na sigla em inglês para New Development Bank, conhecido como banco dos BRICS, um mecanismo multilateral que tem os cinco países do bloco como membros fundadores e que deve abrir escritórios no Brasil, em São Paulo e em Brasília, ainda no primeiro semestre.


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